Poder da palavra 4

     Já formado, vinte e poucos anos, fazia um curso de eletrônica, participava de uma turma muito alegre, eu professor, um ex-fulizileiro naval, um peão de fábrica (ele mesmo se denominava assim assim) um senhor dono de uma lanchonete que apelidamos por Tio Patinhas por ser pão-duro (uma ótima pessoa), um rapaz de 22 anos mas já bastante amadurecido. Um garoto de 14 anos vendo nossa alegria, resolve entrar para turma, sem problemas, entrou! Começamos a fazer com o garoto uma brincadeira, dizíamos todos os dias que o garoto tinha jeito de gay (o garoto não tinha), o jeito de falar, o jeito de andar dentre outras coisas! Bem, um dia, o garoto não aguentou e disse:

     - Pôra, de tanto vocês falarem que sou gay que já estou começando a acreditar nisso!!!

     Dissemos para ele que ele não era gay de forma nenhuma, apenas estávamos brincando com ele e que a partir daquele dia nunca mais faríamos isso e cumprimos. Perguntamos porque ele passou a acreditar em nossa brincadeira! Ele respondeu como poderia duvidar de um professor, dum fuzileiro naval, de um peão e do rapaz de 22 anos, se éramos inteligentes, experientes, sabíamos muita coisa sobre a vida! Como duvidar!

      Veja, aqui, não tínhamos a intenção de fazer o garoto acreditar que era gay, não passava de uma brincadeira, imaginem se tivéssemos a intenção! Imaginem um garoto ou uma garota nas mãos de pessoas com outas "intenções", por exemplo, traficantes!!!
      Pais, não deixem seus filhos em companhia de qualquer um, mostre a realidade para eles, não os deixem ficarem por fora da vida, não mostre a vida como sendo um mar de rosas, não os tornem bobos!