Aos nove ou dez anos, estudava numa escola próximo a minha casa. Transcorria tudo bem até começar a ser importunado por um, colega não, maldito maior e mais velho. Todo dia era a mesma coisa; lápis na cabeça, chute na carteira, escondia os livros, jogava papel com saliva.
Alguns colegas não podiam fazer nada , e outros riam ,afinal o agressor era o maior da turma. Os professores, bem, naquela época não se falava sobre o termo em inglês, o que dirá preparo para - ainda hoje acontece - interceder e fazer algum coisa. Não ponho culpa neles. Mas, já estava cansado e tinha que fazer algo. Lembro apenas que na recreação, surgiu a oportunidade, um pedra na mão e uma certeira na cabeça. Pronto, sangue para todo lado. Não digo que as vítimas de hoje recorram a violência, claro que não; há outras formas de resolver, mas eu era criança e foi uma forma de resolver de imediato; o problema.
Para minha surpresa, depois do ocorrido, fui taxado de mal criado danado. Cercado pelos professoras, perguntavam o porquê de ter feito aquilo.
Bem, anos depois, percebi que com aquela atitude, o meu agressor passou a pensar duas vezes antes de emplicar com outro colega de sala. Livrar-me dele, e permitir não mexer com outros no futuro, foi alívio em dobro.
Agora, com os últimos ocorridos, pais, estudandes, escolas e professores procurem de todas as formas evitar esse mal. Evitar antes que o agredido no passado volte, e com força, e armas para se vingar no futuro.
Postado por : Valdemir Ribeiro (Valdo)
Postado por : Valdemir Ribeiro (Valdo)
Um comentário:
Concordo que em muitas situações você se ver sem saída de uma situação em que você procurou por todos os meios evitar de sofrer e ter de agir com força execessiva.
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